A endometriose é uma afecção (modificação no funcionamento normal do organismo) inflamatória provocada por células do endométrio que, ao invés de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e a sangrar.
O que é o endométrio?
Corresponde à mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e é onde o óvulo se implanta após ser fertilizado. Caso não tenha fecundação, grande parte do endométrio é eliminada na menstruação e o que sobra volta a crescer, repetindo o ciclo.
E a endometriose profunda?
É a forma mais grave da doença e suas causas ainda não são bem definidas. Supõe-se que parte do sangue reflua através das tubas uterinas durante a menstruação e se deposite em outros órgãos. Outra hipótese é que a doença decorra da genética e esteja relacionada com possíveis deficiências do sistema imunológico.
Quais são os sintomas?
- Cólica menstrual intensa (chega a incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais);
- Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
- Infertilidade;
- Dor durante as relações sexuais.
Como o diagnóstico é realizado?
Através de exames laboratoriais e de imagem, como: visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom endovaginal, ressonância magnética, um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença e a realização de uma biópsia.
Qual é o tratamento?
A endometriose é uma doença crônica que tende a regredir com a menopausa, por conta da queda na produção dos hormônios femininos. Mulheres mais jovens podem utilizar medicamentos que suspendem a menstruação: a pílula anticoncepcional tomada sem intervalos e os análogos do GnRH. Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente.
A endometriose causa infertilidade?
Ela é a a principal causa de infertilidade feminina. Quando o endométrio cresce nas tubas tubas e no ovário, há inflamação e um processo de cicatrização, o que acaba gerando mudanças anatômicas que impedem o pleno funcionamento das tubas, responsáveis pelos primeiros passos da fecundação.
Em caso de sintomas, procure um médico e realize os exames!